Uma das viagens que quero muito um dia poder fazer é conhecer o México, mas especificamente, entre 1 e 2 de novembro, que é quando acontece o Día de los Muertos.
Acredito que não é atoa que pessoas alternativas acabam por gostar e respeitar a festa e seus símbolos, porque cá entre nós uma festa onde a morte é encarada com naturalidade, e que nesses dias os mortos podem voltar a suas casas e visitar seus queridos amigos e familiares, e para recebê-los é preparada uma grande celebração, com direito a tudo o que uma boa festa necessita comida, dança, bebida e claro alegria, é um belo tapa na cara dos moralistas que nos cercam.
Numa época em que para maioria das pessoas é dia de tristeza, choro e medo, os Mexicanos nos mostram que para se perder o medo da morte primeiro é preciso se divertir com ela, e encará-lá como brincalhona e festeira e tudo isso com muito respeito, fascinação e alegria.
Calaveras de marzipan, chocolate e açúrcar, caixões, pan de muerto, água, flor de muerto (La flor de Cempazuchitl ou Zenpasuchitl), comidas típicas, tequila, tudo isso enfeitando casas, cemitérios e tumbas, tanto para os mortos quanto para os vivos, e todos compartilhando lembranças felizes de seus antepassados, aprendendo o valor e o significado da morte e dessa forma valorizando ainda mais a vida.
VIVAM LOS MUERTOS!
Uma artista que combina perfeitamente com essa data é a Sylvia Ji, as 5 primeiras imagens são obras dela. Para quem quiser conferir mais entrem no site: http://www.sylviaji.com/
Esse ano quem fez um desfile com esse tema foi a Cavalera ( na verdade o tema mesmo era A pintora Frida Kahlo ouvindo Janis Joplin enquanto comemora o Dia dos Mortos), algumas peças eu não gostei mas adorei a ousadia do tema.
Imagens do desfile: http://www.modismonet.com
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